terça-feira, 14 de junho de 2011

Enquanto ouço


É uma tolice
A minha vida.
O tempo passa rapidamente na medieva ponte
E os salgueiros estão pálidos
Quando ouço Chopin
No receio de não acordar.
.
Confesso que nunca fui nos conselhos de Helena.
E nunca proferi a libertina confissão das rãs mortas no lago
Das águas onde desaparecem sentimentos de culpa.
 .
Confesso que não terei amado,
Uma vez que fugi à família de Roma com seus altos Conventos
E febre de freiras nas catacumbas
Prenhas de negrume.
 .
Mas tenho um Deus. Alto. Solene.
Um Deus que ocupa a floresta
De folhas não imaginadas,
Um Deus acolhedor
Da luz pálida das árvores de Chopin.
 .
Um Deus disfarçado de frade,
Procurando amor nas catacumbas.

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